03-09-2011 - PROPOSTA PARA PERMITIR QUE O ROSSO DI MONTALCINO SEJA MISTURADO COM OUTRAS UVAS DIVIDE O MUNDO DO VINHO ITALIANO

Em 7 de setembro, produtores de vinho de Montalcino votarão se irão dividir o Rosso di Montalcino – denominação “secundária” do Brunello di Montalcino – em três linhas.
O Rosso di Montalcino Sangiovese Superiore e o Rosso di Montalcino Sangiovese premanecerão 100% Sangiovese, com diferenças na margem de produção.
Uma terceira linha, Rosso di Montalcino, deverá conter, no mínimo, 85% Sangiovese, com 15% de outras “uvas tintas autorizadas” na mistura.

O crítico de vinhos Nicolas Belfrage MW pediu, em carta aberta, que os produtores votem contra as propostas. Segundo ele, “O elemento mais forte na identidade do Rosso di Montalcino (e, é claro, do Brunello di Montalcino) é o fato de ele ser 100% Sangiovese”. “Acredito que, a longo prazo, não seja interessante para Montalcino introduzir qualquer outra variedade de uva... assim como seria fatal para Borgonha, por exemplo, permitir que a Shiraz fosse misturada à Pinot Noir.”

Outros são da mesma opinião: o produtor de Brunello, Gianfranco Soldera comenta: “qualquer vinho que tenha Montalcino no rótulo deve ser 100% Sangiovese”.
Kerin O'Keefe, escritora da área de vinhos e autora do livro a ser lançado sobre Brunello di Montalcino diz ser “totalmente contra mudar as normas de produção do Rosso di Montalcino... acrescentar uvas internacionais reduziria a qualidade do vinho e o tornaria mais um entre tantos outros vinhos mistos da Toscana”.

Ao mesmo tempo, há quem veja essa mudança sob outra perspectiva.
Dante Cecchini, do renomado produtor Banfi, diz que permitir a mistura tornará o Rosso mais consistente, com a desvantagem de que haverá menos variação entre as safras e menos personalidade, “O Rosso vai perder alguns consumidores, mas ganhará outros”.
Lamberto Frescobaldi, dono da Castelgiocondo, diz não se opor a qualquer medida que aprimore a qualidade do Rosso. “As vendas do Rosso di Montalcino têm sido lentas nos últimos quatro anos, e precisamos revigorar esse vinho, pois, tendo um Rosso bem-sucedido, no fim, significa ter um Brunello ainda mais bem-sucedido, uma vez que apenas os melhores Sangiovese são usadas em Brunello.
“No entanto, com o passar dos anos, alguns produtores cultivaram a Sangiovese em regiões não muito adequadas, diminuindo a qualidade do Brunello, e ainda mais a do Rosso. Isso prejudica a denominação como um todo.”

Montalcino já foi alvo de controvérsia em 2008, quando as vendas do Brunello di Montalcino 2003 foram suspensas e alguns produtores, investigados, por supostamente misturar ao vinho as uvas Merlot e Cabernet Sauvignon, ainda que em quantidades menores que 1 por cento.
Na época, Franco Biondi Santi, a cujo avô se atribui a invenção do Brunello na década de 1880, sugere que algumas áreas da região não são ideais para a Sangiovese.
“Em algumas áreas o vinho se sobressai, em outras não.” “Em vez de alterar o Brunello, deveríamos pensar em permitir outras uvas tintas, cultivadas dentro da denominação, no Rosso di Montalcino.

 

03-09-2011 - O VINHO REFREARÁ O ALCOOLISMO, SEGUNDO PRESIDENTE DA RÚSSIA

Os russos devem beber mais vinho para combater o abuso de outras bebidas alcoólicas, diz o presidente russo Dmitry Medvedev.

“A produção vinícola é um dos setores que deveriam ser desenvolvidos e contribuir para a erradicação do alcoolismo”, afirma ele. “Países onde esse setor é forte não têm problemas com consumo abusivo de álcool, cuja origem vem do uso de outras bebidas alcoólicas”, complementa.

Dmitri Kovalev, da Simple Wines, de Moscow, diz que as ações do governo de combate ao alcoolismo não fazem diferenciação entre as bebidas alcoólicas, mas apontou que dificuldades legais em obter licenças de importação de vinho contribuíram para a redução da bebida no mercado do país.

Além disso, as taxas de importação tornaram o vinho extremamente caro para os russos.
“O preço da vodca ainda é muito baixo, sem contar o do álcool fajuto, então não sei como o governo irá promover o consumo de vinhos com essa política tributária.”

O Ministério da Saúde do país estima que o consumo per capita de álcool puro é de 15 litros por pessoa. Dados recentes revelam que a cada cinco mortes na Rússia, uma está relacionada ao álcool: as estatísticas oficiais mostram que o álcool mata 500 mil russos todos os anos.


03-09-2011 - VINHOS BRASILEIROS SERÃO VENDIDOS PELA PRINCIPAL REDE DE VAREJO DE LUXO DA IRLANDA

A rede Superquinn escolheu três rótulos da Casa Valduga e da Miolo para inaugurar a seção Brasil nas adegas de 23 lojas.

O país do uísque se rendeu ao vinho brasileiro. A principal rede de varejo de luxo da Irlanda, a Superquinn, acaba de selecionar dois vinhos da Miolo e um da Casa Valduga, duas das 37 empresas integrantes do projeto Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Os três rótulos escolhidos para inaugurar a seção Brasil no portfólio dos mais conceituados vinhos do mundo disponíveis na rede Superquinn, que tem status de butique de alimentos e bebidas, são os seguintes: Miolo Reserva Merlot, Miolo Reserva Pinot Grigio e o Casa Valduga Premium Cabernet Franc.

Os rótulos verde-amarelos, que já chegaram em Dublin e começam a ser vendidos em setembro, foram selecionados pelo gerente de compras Richard Moriarty, um dos profissionais ingleses mais respeitados do mundo do vinho. Ele disse que ficou admirado com a excelente qualidade dos vinhos brasileiros. “É um orgulho ter vinhos escolhidos por um local que prima pela qualidade dos rótulos oferecidos”, afirma a gerente de exportações do Miolo Wine Group, Morgana Miolo. “Este é um lugar frequentado por consumidores exigentes, formadores de opinião, que tem um efeito multiplicador para outros canais, como lojas e restaurantes”, observa a diretora comercial da Casa Valduga, Juciane Casagrande.

Aberta em 1960, a Superquinn possui uma rede com 23 lojas e mais de 3 mil funcionários na Irlanda. A adega de vinhos é organizada por Richard Moriarty destacando os principais países produtores de vinho do mundo, com total atendimento e suporte de informações aos clientes. A rede possui excelente reputação entre os consumidores de gosto exigente por vender vinhos de categoria diferenciada, a preços justos.

A gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, comenta que a estratégia do projeto é posicionar os vinhos brasileiros nos melhores pontos de venda do mundo, como a Superquinn. “Só assim criaremos uma imagem positiva para os rótulos do Brasil, que beneficiará todas as vinícolas”, comenta Andreia, citando a maior aproximação com sommeliers e compradores que tem sido buscada em ações de degustação e nas principais feiras de vinho do mundo. Em 2010, o Reino Unido, onde está inserida a Irlanda, passou a ser o maior importador de vinhos do Brasil, em transações que movimentaram 385% a mais do que no ano anterior. Tomou, assim, o lugar até então ocupado pelos Estados Unidos, hoje o segundo maior comprador dos rótulos brasileiros. No terceiro posto, ficou a Holanda, e a Alemanha, em quarto.

 

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